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Autor: Pedro Bandeira. A bolsa amarela. Autor: Lygia Bojunga. Editora: Casa Lygia Bojunga. O menino Marcom. Autor: Ziraldo Alves Pinto. Editora: Melhoramentos. Autor: Brian Selznick. Editora: Lafonte. Aprendiz de inventor. O menino no espelho. Autor: Fernando Sabino. Editora: Record. O santinho. Editora: Objetiva. Pode ser depois. Editora: FTD. O anjo linguarudo.

Autor: Walcyr Carrasco. Acesse aqui. Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly.

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Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors. Que cara? Chorando, ele exigia que abrissem a porta, para ele descer. Rico, fique calmo Eu quero descer Calma, filhinho, calma Papai ficou sem resposta. Dizer o que em resposta? Assim a gente desenferruja os cambitos Ai, eu nem acredito que podemos andar de novo. Depois de tanto tempo enjaulados na embaixada francesa do Chile Virei-me para um velho ao meu lado e perguntei: Hino careta esse, hein, chefe?

O velho me olhou com aquele jeito de quem nada entendeu. Estou com medo. O soldado quer me pegar Para ele, o desfile havia terminado ali. Quer de abacaxi ou de ameixa? E, sem refletir, falei: Eu acabei de chupar um de morango Mas como?

Sabe como Apollinaire chamava a torre Eiffel? Rimos da pergunta dele. Eu sei, filho. Estou empregado! Eu que o diga Ricardo suspirou. Ajudou a atrapalhar a nossa vida escolar. De novo, Pierre! E o senhor, Marcl Seguindo os passos deste moleque? Tenho certeza de que vamos ser bons. Mostre agora eu pedi, curioso. No fim da aula. Se eu mostro agora, Madame Ledoux pode achar ruim Mostre agora, Pierre.

Deixe de frescura, vai Isso vai dar encrenca Sem essa. Eu me cuido Ao abrir o livro, que era de capa dura, levei o maior choque de minha vida. O livro era oco por dentro e tinha um dispositivo que, ao abri-lo, fechava o circuito e dava choque.

O susto fez com que eu despencasse da cadeira, ficando branco que nem cera. Sorel, Antoine, Armand, Jean-Paul e os outros, conhecendo o trote, riam baixinho. Deu certo. Que susto! Vamos comer alguma coisa, Pierre? Ela era uma garota da minha classe, exilada paranaense. Pede, claro! Tudo bem, Sara O pai dela, quando preso, andou tomando choque A Sara tem esse problema.

Bem, eu you falar com a Sara Deixe para depois. Vamos comer alguma coisa, vai! Pois, para pagar os meus pecados, eu o convido para comermos um croque-monsieur Pierre pedia desculpas, convidando-me para um misto-quente. Nos primeiros artigos, ainda em , papai criticava duramente o governo Mediei, que terminava naquele ano.

Falava gajo, querendo dizer "rapaz"; bicha, em vez de "fila"; golo, em vez de "gol"; equipa, por "time"; guarda-redes, por "goleiro"; camisola, por "camisa de jogador"; baliza, por "trave". Falava tudo diferente! Essa mistura de significados quase deu briga. Ele defendia os jogadores portugueses, dizendo que eram melhores que os brasileiros coitados! O que eu disse errado? Em Portugal puto quer dizer, conforme a etimologia latina, "menino", "garoto".

Naquele mesmo dia, quando cheguei a casa, encontrei o Ricardo na escadaria, chorando sentido. Ainda hoje estive falando com ele. E eu teria outro exemplo desse desconhecimento dias depois. Mas quando vi a garota, fiquei entusiasmado. Loira, olhos azuis, um narizinho arrebitado e de cabelos escorridos, bem lisos, ela me inquietou para valer.

Mas eu nunca a vi no liceu Ela morava em Paris, em Montparnasse. Fiquei sem responder. Quando soube que eu era brasileiro, Claire ficou vivamente interessada.

Outro brasileiro? Eu tenho uma tia que tem uma amiga que trabalha na embaixada brasileira, em Paris. Ela sempre me presenteia com discos brasileiros. Eu adoro! Como Claire falava gostoso, macio, meu Deus! Mariana percebeu meu interesse, deu uma desculpa qualquer e foi conversar com o Pierre. Pedi ao Pierre que inventasse qualquer coisa para o professor. Ficamos conversando na sala.

Claire contou-me um pouco de sua vida. Onde viveram Modigliani, Matisse, Picasso, pintores famosos Eu me levantei, e, com ironia, cumprimentei o vazio, como se eles todos estivessem ali na sala: Muito prazer!

Muito prazer! Era outro item meio desconhecido para mim. Meu pai gosta muito do Alternar Dutra Claire perguntou, inquisitorial. Desculpe-me, Marc. Venez toujours, Marc! Gripado, pai?

Tenho que ficar de molho. Mas vou aproveitar a tarde para escrever um artigo analisando os quatro anos do governo Mediei. Antes eu quero dar uma telefonada para a Claire. Ande, coma logo. Eu vou tomar banho Eu estou acostumado. Ao sair do banheiro, Ricardo, que ia para o quarto, respirou fundo, como que "farejando" o ar. Escute aqui, pirralho! Mas nem perguntei. Estava atrasado.

A qualquer momento, Claire apareceria. Ficava mais linda ainda sem o uniforme do liceu. Sua figura delicada compunha bem com aquela paisagem de outono. Eu estava meio nervoso e procurava controlar minha timidez. Ah, como andamos. Um pouco. Cortei a frase pela metade, pondo-me a caminhar.

Seguimos quietos. Eu, repensando o passado; Claire, ao meu lado, respeitando meus sentimentos. A pracinha era realmente acolhedora. Ficava bem no bico da ilha. Que tal? Maravilhoso aqui. Eu gosto muito daqui. Foi coisa de momento. Festa de Santa Catarina?! Sim, senhor. Antigamente era mais tradicional. Mas em casa a gente ainda usa Quer dizer que Abandonando o ar de surpresa, Claire caiu em uma gostosa gargalhada. Espere um pouco. Eu sou meio feiticeira, sabia?

Eu tinha apenas mencionado o nome de Ana Rosa quando lhe contei do teatrinho que fizemos juntos. Ana Rosa estudava comigo na mesma escola. Era morena, cabelos pretos Que mais? Claire insistiu, vendo que eu tentava desistir. Ela trazia-os sempre cortados assim, com franja Eu me lembro de que a chamava de Fragilesa Eu nem tive tempo de dizer adeus a ela.

Odiei-me por isso. O macho que havia em mim precisava demonstrar firmeza. Claire aproximou seu rosto e me beijou ternamente. Gostei disso, Marc. Gelei de medo. Tomou rumo ignorado.

Eu estava no quarto, mas como percebi que ele se atrapalhava, fui a seu encontro. Quem fala? Papai precisava saber daquilo. Pai, eu queria falar em particular com o senhor cochichei. O que eles falaram? Acho bom todo mundo nessa casa voltar a ficar de sobreaviso. Sei que os telefonemas pararam. Mataram o Herzog. O Vladimir Herzog, um antigo conhecido dos tempos de faculdade.

Por nada. Tenho uma proposta de fazer uns frilas para eles No fim da segunda semana, a coisa aconteceu. Que horas ele chegou? Vai ver os capangas do cabo Cirilo apertaram o cerco e ele teve de fugir de novo A senhora vai ver que ele deve ter tido algum probleminha.

Probleminhas operacionais, como ele mesmo diz Qualquer novidade, a senhora telefona para Monsieur Legrand, o nosso diretor. Assim que eu acabar a prova, eu volto. Pierre parece que adivinhava. Estou realmente preocupado. Sarinha, que se sentava ali perto, escutou o que eu dissera.

Meu pai me mostrou. Ele disse que repercutiu bastante. A primeira aula era importante. Tive de esperar. Espere terminar a prova o professor falou. Corri a atender. Isso mesmo. Ele falou a hora? Deu alguma dica? Entreguei quase tudo em branco. Quando soube o que estava acontecendo, foi compreensivo. Marcou outra prova, em outro dia. Ele telefonou? Foi o pai da Sarinha, o seu Adolfo Eu you ligar para ele. O telefone pode estar grampeado. Foi papai quem entrou em contato com ele, pedindo que se comunicasse comigo.

Qualquer problema, eu telefono. Quem fica com o Rico e com o Pablo? Comecei a me preocupar novamente assim que desci em Saint-Michel. Meu pai pediu para conversar com o senhor Ele pediu para entregar este envelope. Merci, monsieurl Afastei-me, abrindo o envelope. Papai Fiz como papai ordenou. Mesmo faminto, comi devagar, fazendo hora para esperar por papai. Fiquei com medo. Sou eu, sim, seu pai.

Pelo menos por enquanto Se continuar assim, ainda deixo de ser jornalista para me tornar ator de teatro. Mas, conte, pai. Conte o que houve. Esse mesmo. Comecei a ler o jornal, como costumo fazer, para ganhar tempo. Se quiser dar no pinote, leva chumbo O jeito foi continuar como eu estava, lendo o jornal. Entramos por uma rua, acho que a Rue Gay-Lussac. Enquanto eu corria, escutei um tiro.

Parece que a gente morreu, mas se esqueceu de deitar De jeito nenhum. Quando acabou o tiroteio, fui um dos primeiros a me aproximar, tentando saber quem era o sujeito. E quem era ele? Um ex-soldado brasileiro. Agora vai ser mais complicado Desmoralizados como? Por enquanto, eu preciso me precaver. Isso vai render muito ainda Sem querer, esse tiro saiu pela culatra. Onde a gente se esconder, eles acabarn descobrindo.

Isso funciona muito mais do que ficar se escondendo, que nem gato e rato. Pierre foi um dos poucos que ficaram firmes. Eu fui sincero com ele.

Eu preciso pensar Foi para o hospital. Mas o que houve? Outro dia o Rico furou a bola e botou a culpa em mim. Rimos descontraidamente. Vamos telefonar de novo. Eu cheguei aqui agora. Reze para ser uma menina. Estou cansado de homem nessa casa Filhos ele nos reuniu na sala.



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